...MOVIMENTAR...


Aberto a todas as pessoas que se propõem a "enxergar o mundo além do que os olhos podem ver".
Sejam todos bem-vindos!



segunda-feira, 29 de novembro de 2010

mais pensadores

Hoje iniciou a III Edição do Festival Marreco. Quis conferir de perto, já que há dias tenho acompanhado as notícias e percebido a importância desse "movimento" para o fazer cultural de Patos de Minas, para o fortalecimento da região, visto que as artes além do poder transformador, refletem o contexto histórico de um povo, num lugar. Penso, que essa articulação musical é um momento histórico para a "terrinha do milho". Tal iniciativa congrega oficinas, debates, intercâmbio. Possibilita troca de experiências, novas possibilidades de escolhas e formação de público.

Há tempos, conhecia o Ciro Nunes e sempre tive muita admiração pelo seu trabalho, num tempo ainda que o via tocar flauta nos "templos" fora dos circuitos de massa. De longa data, sempre "trombava" com Vane Pimentel, que por muitos anos lutou pela sobrevivência do Brincarte - Festival de Teatro Infantil e nunca deixou de utilizar das artes para "sacudir" a sociedade patense.

Hoje fui ao UNIPAM matar a curiosidade e prestigiar tal evento. Os burburinhos são sempre interessantes. A luta artística é constante. Público não teve para a oficina de dança ministrada por Roberta Roldão, tampouco para a oficina de elaboração de projetos culturais por Mara Porto. Lamentável! São profissionais que percebi, militam em busca da formação e transformação humana, um dos pilares para o desenvolvimento de qualquer lugar. Ouvi dizerem que os alunos estavam em época de fechamento de bimestre, abarrotados com provas. Isso é fato. No entanto, é um acontecimento para o público patense, penso. Papeei um pouco com Roberta Roldão e a descobri mestranda em dança pelo Curso de Artes da UFU. É orientanda de Renata Meira, quem muito admiro, pois foi a mestre que provocou em mim, o despertar para as culturas populares, para a valorização do que é nosso...Considero então, Roberta Roldão discípula de boa safra, já que Renata Meira é discípula de Graziela Rodrigues, grande expoente da dança brasileira. Onde estão as pessoas que desembolsam "rios de dinheiro" para assistirem artistas que estouram nas rádios, nas emissoras televisivas? Onde estão as pessoas que adoram assistir o quadro da "dança do Faustão" e não vão conhecer a si mesmo através da dança para todos? Em algum lugar elas estão...será que não saíram da toca, porque as oficinas oferecidas são gratuitas?

É algo cultural, é algo cultural... e quando "acordarem" o Festival Marreco será mais gigante ainda....Quando acordarem, a cidade estará lotada de pessoas vindas de outros lugares para prestigiarem tal evento. E quando acordarem, talvez terão que "lutar" por uma vaga...será que só assim valorizarão? É chegada a hora de quebrar o paradigma de que aquilo que é caríssimo é sempre o melhor. Em se tratando de produtos culturais, nem sempre. O grande monstro da cultura de massa, aliena, é puramente mercadológico. Na mesma balança, em contrapeso, vejo o Festival Marreco enquanto um despertar. Um trabalho esmerado, construído degrau sobre degrau e com um propósito maior - a comunicação com a platéia. As sementes foram semeadas. Desejo que muitas outras colheitas de bons frutos aconteçam....Que muitas outras edições repitam. E ainda mais gigantes... Um viva pra vocês!!!


Nos corredores, tive o grande prazer de reencontrar os alunos da Oficina Teatro no Direito e muito feliz fiquei quando conversei com José Eustáquio que disse-me acompanhar diariamente o blog e querer também ser autor.


Seja bem vindo...mais um pensador!!!

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