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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

garimpo de hoje - a arte da palestra por Bernardet


Hoje de manhã estive com Luís André, coordenador do Curso de Direito do UNIPAM (Patos de Minas-MG). Papeamos sobre a oficina "Teatro no Direito". Foi uma conversa muito proveitosa, positiva e motivadora. Mencionei sobre o mestrado que ora inicio em 2011 na UFU-MG cuja pesquisa, sob orientação de Luiz Humberto Arantes Martins versará sobre a construção dramatúrgica de O CASO DOS IRMÃOS NAVES.

Luís André foi muito solícito na possibilidade de trabalharmos com os próprios alunos do Direito, a análise do maior erro judiciário do Brasil, através do olhar teatral. Voltei pra casa vislumbrando a montagem da leitura dramatizada pelos próprios alunos do Direito da Instituição onde me graduei...Agora, "fuçucando" no site da Cinemateca à procura de "substratos" sobre o filme do CASO DOS IRMÃOS NAVES, deparo com o blog de Jean Claude Bernardet, roteirista do filme. Roteiro, inclusive, que os alunos trabalharam na oficina. Roteiro, através do qual, os alunos tiveram o primeiro contato com o caso real (vide foto - Márcia e Júlio, folheando o livro escrito por Jean Claude)

Muito contente fiquei...e o texto A ARTE DA PALESTRA me remeteu aos alunos participantes da I Oficina Teatro no Direito. A eles, envio estas sábias e sensíveis letrinhas com votos de muita inspiração para o novo ciclo que se inicia - a saída da academia para a labuta profissional. Ao Daniel e Sibelle, únicos participantes "não-formandos 2010", meus votos de um novo despertar para o prosseguir do curso.

Espero que gostem!


"24/09/2010
A arte da palestra


“A crença no espelho” foi o título da palestra de abertura do curso Mutações-A invenção das crenças, coordenado por Adalto Novaes.

O palestrante foi José Miguel Wisnik na mais brilhante de seuas formas.

Palestra não é uma simples comunicação de texto previamente escrito, mesmo que o palestrante se atrapalhe nos seus papéis ou não consiga ler sua caligrafia, o que sempre pode dar alguma vitalidade a uma palestra acadêmica.

Palestrar implica encantar o público e se encantar com o seu próprio encantamento de palestrar diante de um público. Isto ocorria com Paulo Emílio Salles Gomes que era mestre nessa arte. E ocorreu com Zé Miguel neste dia de abertura em São Paulo. No meio da palestra, após uma frase, os olhos brilhando, os braços levantados, um sorriso luminoso, ele perguntou se tinhamos anotado porque essa frase ele não conseguiria repetir. Estávamos, nós e ele, enfeitiçados.

A palestra de Zé Miguel teve a forma de uma elipse cujos dois centros foram espelhos, um de Machado de Assis e o outro de Guimarães Rosa. Esses centros lançaram raios que atingiram galáxias como a psicanálise lacaniana ou a cultura popular brasileira, tecendo uma rede fosforescente.



Escrito por Jean-Claude Bernardet às 13h31"
http://jcbernardet.blog.uol.com.br/

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