...MOVIMENTAR...


Aberto a todas as pessoas que se propõem a "enxergar o mundo além do que os olhos podem ver".
Sejam todos bem-vindos!



sábado, 4 de dezembro de 2010

último encontro


Hoje foi o último encontro da I Oficina Teatro no Direito. Discussão sobre o andamento das oficinas foi feita. No teatro, sempre lidamos com um público menos numeroso quando comparado às outras artes, aos outros afazeres. Na oficina, é claro, não foi diferente. Dos 43 inscritos, 22 alunos passaram pela oficina, dentre os quais, 05 alunos permaneceram até o fim.

Não sei se por questão cultural, se tem a haver com as questões de gênero, mas geralmente, homens tem maiores resistência ao fazer teatral. Muitas pessoas ainda acreditam que a arte teatral se resume ao trabalho de atores e atrizes de televisão, em novelas e filmes. Esquecem ou talvez não sabem, que teatro é nada menos do que "comunicação". Afora o conceito de teatro enquanto edifício teatral, enquanto um fenômeno espetacular, teatro é um acontecimento, que alguém faz e alguém vê num mesmo momento, tendo como elemento imprescindível, o ator.

Durante os quatro dias de encontro com os alunos de direito no UNIPAM, estiveram presentes Daniel Magalhães e José Eustáquio. José Eustáquio só não pode ir no domingo. Muito me surpreenderam os dois alunos, pela abertura para novas possibilidades. Ao meu ver, quebraram o paradigma de que homens não fazem teatro. Com seriedade, despojamento, prontidão e interesse, Daniel e José Eustáquio participaram de todos os exercícios práticos (alongamento, exercícios vocais, improvisação) e nos momentos oportunos, emitiam suas reflexões e opiniões acerca do que aquilo tudo "despertou" nas suas vidas profissionais.

Muito me encantou a postura dos dois, porque pra mim, seria muito compreensível que nalguns momentos, eles fizessem atitudes de reprovação ou simplesmente permanecessem sentados apenas observandos os exercícios. Ao contrário! Com muita seriedade, se dispuseram para novas possibilidades e no último dia fizeram um "balanço" que me deixou feliz, porque algo simples despertou novos olhares... Gostaria de transcrever as tantas falas deles...Mediante a impossibilidade, de forma resumida, exponho alguns pontos do que disseram:

José Eustáquio sugeriu a montagem de uma peça teatral sobre Tribunal do Júri. Fez um paralelo de alguns momentos da oficina, com um livro sobre Oratória que está lendo. Daniel Magalhães, sugeriu que a oficina continuasse no próximo ano, com a inovação de iniciar no primeiro semestre e a partir do segundo semestre, começar o processo de montagem de um trabalho artístico. Sarah revelou que quando o curso foi anunciado em sala de aula, pensou que se tratava de dicas teóricas como se portar em público e quando, no primeiro encontro chegou na sala, viu todos os alunos descalços e trabalhando, ficou surpresa. Marli revelou que inicialmente se inscrevera na oficina apneas para completar o banco de horas (exigência para obtenção do certificado de conclusão de curso) e que depois, passou a se interessar melhor e enxergar a importância do teatro na vida das pessoas. Mencionou sobre seu filho e que agora, gostaria muito que na escola onde ele estuda, tivesse aulas de teatro. Disse ainda, que participaria de mais encontros.

Tentarei colher dos próprios alunos, alguns depoimentos para serem postados aqui e compartilhar com muitos, mais uma experiência de autoconhecimento.

Sei que não é fácil em plena tarde de sábado, ter que se deslocar de casa, do aconchego seja qual for e se dirigir a uma universidade para ficar em média de 03 horas trabalhando teatro. É uma escolha! Nada foi imposto. E os alunos de Direito do Unipam se esmeraram, se esforçaram e demonstraram que se é possível "enxergar o mundo além do que os olhos podem ver".

E não houve um "fim", apenas um "começo".

Obrigada a todos pela troca de conhecimentos.

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